quarta-feira, 29 de junho de 2011

As 10 construções mais bonitas do Rio de Janeiro, segundo Revista Veja.

Candidata ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade, o Rio de Janeiro foi abençoado no quesito beleza natural. No que diz respeito à arquitetura, a polêmica é grande. A questão desperta inclusive a atenção do poder público. Tanto que em abril deste ano, o prefeito Eduardo Paes baixou um decreto determinando que a Secretaria de Urbanismo estude o impacto de novos prédios públicos, viadutos, pontes, estações de trem e qualquer item do mobiliário urbano sobre a paisagem da cidade. A Revista VEJA RIO ouviu trinta especialistas da área para saber quais são as obras-primas da arquitetura carioca (veja na galeria abaixo). E pediu também a opinião deles para eleger os mais feios, aqueles que poderiam sumir do mapa sem qualquer prejuízo ao mobiliário urbano . Os votos deveriam levar em consideração os aspectos arquitetônicos e urbanísticos da construção e sua adequação à época em que foram erguidos.




HOTEL COPACABANA PALACE

Marco histórico do Rio, este é um dos hotéis mais importantes e bonitos da cidade, construído pelo empresário Octávio Guinle. As linhas clássicas em simetria e equilíbrio remetem a luxo e glamour, além de tornar o monumento singular e expressivo em meio ao conjunto linear de edificações residenciais na Avenida Atlântica. O projeto do hotel é de 1923, de autoria do arquiteto francês Joseph Gire. A inspiração veio de dois hotéis famosos na Riviera Francesa: o Negresco, em Nice, e o Carlton, em Cannes.





MUSEU DE ARTE MODERNA (MAM)
É a obra mais conhecida do arquiteto carioca Affonso Reidy, com jardins do paisagista Burle Marx. A construção segue a orientação da arquitetura racionalista, destacando-se pelas estruturas vazadas e pela integração com o entorno, em perfeita sintonia com a paisagem natural da Baía de Guanabara. O museu foi inaugurado em 1948, fruto do contexto cultural e econômico que o Brasil vivenciou no segundo pós-guerra, com a aquisição de um valioso patrimônio artístico e assimilação das correntes artísticas modernas.





MONUMENTO AOS PRACINHAS

O Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (1952), popularmente conhecido como Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, foi projetado pelos arquitetos Marcos Konder Netto e Hélio Ribas Marinho, vencedores de um concurso nacional. A construção abriga e homenageia os restos mortais dos militares brasileiros mortos na guerra. O conjunto é integrado por três obras: uma escultura em metal, de Júlio Catelli Filho, homenageando a Força Aérea Brasileira (FAB); uma escultura em granito, de Alfredo Ceschiatti, homenageando os pracinhas das três Armas, e um painel de azulejos, de Anísio Medeiros, homenageando os mortos (civis e militares) no mar.





INSTITUTO MOREIRA SALLES

A ex-residência do embaixador e banqueiro Walter Moreira Salles, na Gávea, chama a atenção pela beleza da composição dos diferentes espaços e pela sua respeitosa inserção na paisagem local. O projeto com desenho apurado e criativo data de 1951 e é de autoria do arquiteto Olavo Redig de Campos. A casa também conta com painel e jardins de Burle Marx.





IGREJA DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA DO OUTEIRO

Inaugurada em 1739 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Igreja da Glória é considerada uma das joias da arquitetura colonial brasileira, um grande exemplo do barroco no Rio com suas proporções perfeitas e localização privilegiada. Na igreja foi batizada, em 1819, a primeira filha de D. Pedro I e D. Leopoldina, a princesa Maria da Glória, futura Rainha D. Maria II de Portugal. A partir de então, todos os membros da família imperial foram lá batizados, incluindo D. Pedro II e a Princesa Isabel.





EDIFÍCIO BIARRITZ (PRAIA DO FLAMENGO, 268)

O prédio residencial dono de elegância atemporal é um belo exemplo do movimento Art Déco na cidade, marcado pela mistura de vários estilos e movimentos do início do século XX, incluindo Construtivismo, Cubismo, Modernismo, Bauhaus, Art Nouveau e Futurismo. O destaque da construção são os balcões abaulados com grades e frisos. Na obra, há também detalhes em mármore de Carrara e o portão de ferro é todo trabalhado. O projeto é de 1940, assinado por Henri Paul Pierre Sajous e Auguste Rendu.





THEATRO MUNICIPAL

Joia da arquitetura e um dos teatros mais belos do mundo, ele apresenta vasta riqueza de detalhes tanto interna quanto externamente. Inaugurado em 1909 pelo presidente Nilo Peçanha, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi fruto da mescla de dois projetos: o do engenheiro Francisco de Oliveira Passos, filho do ex-prefeito Pereira Passos, e o do arquiteto francês Albert Guilbert. Para decorar o edifício foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para fazer os vitrais e mosaicos. Em 2008 começaram as obras de restauração e modernização do teatro, que celebrou seu centenário.





CASA DAS CANOAS
Projetada em 1951 e construída em 1953 por Oscar Niemeyer, a casa modernista foi a residência do arquiteto e sua família durante 12 anos. Situada na Rua Carvalho de Azevedo, na Estrada das Canoas, em São Conrado, ela foi tombada em 2007 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).





ARCOS DA LAPA

O aqueduto é considerado a obra arquitetônica de maior porte empreendida no Brasil durante o período colonial. A estrutura em pedra argamassada foi inaugurada em 1750, quando as águas brotaram aos pés do Convento de Santo Antônio, em um chafariz de mármore com bicas de bronze. Mais tarde a água foi levada pela atual Rua Sete de Setembro até a Praça XV, onde os navios abasteciam. A partir de 1896, o aqueduto passou a ser usado como viaduto para os bondes de ferro. Até hoje é meio de acesso do Centro a Santa Teresa.






PARQUE EDUARDO GUINLE

O espaço de quase 25 000 metros quadrados em Laranjeiras constituía os jardins do palacete de Eduardo Guinle (1846-1914), empresário patriarca da família Guinle, erguido na década de 1920. A área verde foi projetada pelo paisagista francês Gérard Cochet. Hoje, as dependências do parque comportam um dos mais significativos conjuntos de edifícios residenciais da arquitetura moderna carioca. O projeto (1948-1950) foi de Lúcio Costa e do escritório de arquitetura modernista MMM Roberto, com os jardins reformados por Burle Marx. Chama atenção a perfeita integração das edificações com o meio-ambiente. Atualmente, a mansão dos Guinle, conhecida como Palácio Laranjeiras, é a residência do Governador do Estado do Rio de Janeiro.


Fonte: Veja Rio.

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