Songdo, a nova e bilionária cidade sul-coreana
Em uma área de 6 km2 tomada do Mar Amarelo, a 65 km de Seul, um investimento de US$ 40 bilhões levanta uma nova e ambiciosa cidade, destinada a ser um centro financeiro global: Songdo International Business District, com os mais altos arranha-céus da Coréia, infra-estrutura urbana de alta qualidade, sistema viário impecavelmente planejado e o traçado urbano assinado pelos americanos KPF Architects, além de prédios assinados por arquitetos consagrados, como Daniel Liebskind. O gigantesco empreendimento de Songdo IBD é considerado o maior investimento imobiliário privado já realizado, pretende ser finalizado em 2015 e será a mais moderna área urbana da Ásia. Será uma remix de Paris, Nova York, Veneza e Dubai, com canais aprazíveis, boulevards arborizados, um parque inspirado no Central Park, torres rivalizando em altura e exibicionismo com as do Emirados.
Songdo pretende ser uma metrópole ”ecológica”, com 40 % de sua área destinada a áreas verdes. Pretende também ser uma cidade com baixas emissões de carbono, com uma rede de transporte público sem protagonismo de automóveis privados, investindo em metrô e numa rede de táxis aquáticos elétricos. A cidade almeja o certificado LEED-NB (LEED for Neighbourhood Development). Além disso, Songdo pretende ser a primeira “U-city” do mundo, uma cidade “wireless” aonde tudo está conectado, registrado, personalizado: a primeira cidade com “computação ubíqua” do globo. Também investe-se em um sofisticado circuito cultural e educativo, com um ambicioso projeto de campus universitário global.

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Posição de Songdo será estratégica, entre o Japõa e as cidades chinesas que mais crescem no mundo. |
Várias empresas globais já estão investindo em Songdo, que foi planejada e criada por corporações para ser uma pérola do mundo corporativo, aonde os colarinhos-brancos globais teriam acesso a internet em qualquer hora e lugar, hospital de ponta, centros culturais sofisticados e campus universitário de nível internacional. Mas será que cidades planejadas por grandes corporações privadas, destinadas a determinado estrato social, serão realmente “cidades”? Será que uma cidade aonde tudo é registrado e gravado, conectado a internet, é “espontânea”? Nao seria um sofisticado meio de controle e vigilância social e uma cidade não-democrática? Essa tendência chegou para ficar: cidades e bairros que saem das pranchetas de empresas privadas, e com os poderes publicos apenas entrando com as terras e investimentos em infra-estrutura básica. As cidades do futuro serão privatizadas?
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